Um dia uma numeróloga disse que minha missão aqui era cultivar a alegria. E pensando bem sempre gostei muito de rir e fico muito, muito feliz quando faço com que as pessoas com quem convivo riam com minhas histórias, meu jeito de ser ou minhas estripulias.
Outro dia fui à universidade para fazer minha matrícula e na fila da secretaria havia uma mulher mais ou menos da minha idade. Visivelmente ansiosa, ela olhou para mim e perguntou o que eu havia escrito na carta para o professor da pós-graduação e logo em seguida me perguntou mais uma meia dúzia de coisas. Ela queria conseguir uma vaga para fazer uma matéria como aluna especial na Faculdade de Letras. Fui respondendo às perguntas, mas chegou um momento que mais que respostas pontuais, achei que ela precisava de uma injeção de ânimo. Então, lhe contei o mais brevemente possível sobre o meu percurso naquela faculdade, que não tinha sido fácil, mas que tinha valido a pena. Disse-lhe por fim que não desistisse, que fosse em frente se era o que queria. Acreditam que ela me agradeceu muito e chorou? Eu também me emocionei um pouco e sai de lá bem contente, com a impressão de tê-la ajudado de alguma forma. Fazer alguém chorar de emoção era algo que eu não lembrava ter experimentado.
Então fiquei matutando. Além de fazer os outros rirem, às vezes também posso levar as pessoas a se emocionarem a ponto de verterem lágrimas. Isso pareceu bom nesses dois casos, mas tudo isso é muito novo para mim.Lembrei-me de Cora Coralina que disse que nada na vida tem sentido se não conseguirmos tocar o coração das pessoas...
1 comment:
Eu também me emocionei... Que lindo!
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