Friday, March 25, 2011

Revelações

Ontem minha amiga Clara me contou que foi convidada a almoçar em um restaurante diferente. Clara, que como eu gosta de experimentar coisas novas, aceitou prontamente. O restaurante lhe fez lembrar de outro restaurante em um clube do interior, há alguns anos: o mesmo buffet de saladas, a mesma arrumação das mesas. E ali, sentindo o sol de um verânico de outono bater forte em sua face e lado direito do corpo, Clara ouviu algumas revelações. Eram coisas que já aconteceram há algum tempo, com gente que já foi muito ligada a ela e que ela não imaginava... Foi um pouco triste  e até chocante ficar sabendo daquelas coisas. Mas depois, refletindo sobre os fatos, Clara pensou que era melhor não julgar ninguém. As pessoas tem seus motivos e suas motivações...

À noite, quando voltava para casa caminhando pela rua movimentada de sua casa, Clara sentiu  um olhar que a seguia. Ao virar-se viu alguém que ela conhecia mas com quem nunca tinha conversado e então cumprimentou e continuou prestando atenção à música do fone de ouvido. Então, viu que a pessoa a alcançou e lhe perguntou algo. Ao tirar o fone de ouvido, percebeu que o que ele queria saber  era a causa de ela ter desaparecido. Mas eu não desapareci e se soubesse que você sentia minha falta teria "desaparecido" menos ainda, pensou Clara. Que revelação, então gente que nunca tinha conversado com ela  lhe notava e sentia sua falta! O mais engraçado foi a pergunta sobre seu nome e se ela trabalhava em hospital. Clara me contou isso gargalhando, - imagine, eu vestia uma blusa preta e calça escura, por que hospital? Tenho cara de enfermeira? ...risos... O que não me pareceu nada engraçado foi o fato de ela ter dado o meu nome e não o dela para o entabulador de conversas.  Mas bem feito, teve  que ouvir  o clichê: "você tem um nome forte, jamais vou esquecer..."

Friday, March 18, 2011

Entrega pra Deus...


Esses dias meio que testemunhei duas “entregas para Deus e seja o que ele quiser....”
A primeira  tem a ver com uma pessoa que ocupa um alto cargo em uma empresa  que eu conheço. O fato é que esse senhor é fumante inveterado. Apesar de já ter participado de programas antitabagismo patrocinados por ele próprio e nos quais ele mesmo participou para dar o exemplo, a verdade é que o sujeito não consegue parar de fumar. E então, o que ele faz?  Sai em meio ao expediente pelas redondezas da empresa fumando seu cigarrinho, mas de forma discreta. Eu diria que mais ou menos discreta, na verdade,  pois qualquer um pode vê-lo fumando “escondido” na rua.  Só que parece que a coisa vai ficando cada vez mais escancarada com o correr do tempo. Ontem, por exemplo,  eu o vi, em plenas onze e meia da manhã, não andando em uma rua sossegada  da redondezas da empresa como fazia antes, mas quase que gritando: “olha eu aqui fumando, seus cretinos”,  em uma rua super movimentada pertinho da empresa. Por que ele anda “entregando para Deus” eu não sei e nunca saberei porque não sou próxima a ele para comentar e ouvir o que ele diria. O fato é que de certa forma, e sem saber explicar bem porque eu admiro essa entrega para Deus à qual  parece que ele aderiu.
A segunda é um caso um pouco diferente desse senhor, primeiro porque é uma mulher, depois porque é uma pessoa bastante próxima a mim e terceiro porque o caso dela é de amor e ela é casada. Chegou a um ponto que hoje acabei ligando para ela para dizer-lhe que eu estava preocupada achando que ela estava dando muita bandeira. Ela me afirmou que não por telefone, mas no SMS ela havia dito que fulano era o amor da vida dela e a vida é muito curta para deixar passar um amor assim sem celebrá-lo. É claro que eu me preocupei, embora confie muito no taco dela, porque considerei que também ela havia entregado para Deus e seja lá o que ele quiser. “Fique tranqüila, amiga! Tá tudo sob controle. Depois falamos e vai lá ser feliz!”, isso foi o que ela disse.
Eu não sei se dá pra ser feliz entregando tudo para Deus em situações que parecem maiores que nós. Seja como for,  eu me solidarizo e compreendo  pessoas que entregam para Deus. Tem horas que não dá mais para segurar, né?

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